Por mais que saibamos sempre haverá algo mais a saber. Mas interessante mesmo é nos depararmos com curiosidades que as vezes nos parecem tão óbvias, só que nunca ocorreu de antes repararmos sobre aquilo. Por exemplo: o Everest é o ponto mais alto da terra, mas não é nem de longe a montanha mais alta. Confuso? Confira:
1. A Terra é mais lisa que uma bola de bilhar
É possível que você já tenha ouvido a afirmação de que se a Terra fosse reduzida ao tamanho de uma bola de bilhar seria inclusive mais lisa que esta.Uma bola de bilhar tem aproximadamente 5.7 cm de diâmetro com um desvio de +/- 0.01 cm. Tendo em conta que a Terra tem um diâmetro de 12.735 quilômetros, e sem contar mares e montanhas, poderia ser dito que nosso planeta é bastante liso.Mas o mais surpreendente é que ainda contando com o ponto mais alto, Everest (8.850 m), e o mais profundo a fossa das Marianas, -11.000m), os parâmetros da Terra estariam dentro do aceitável para uma bola de bilhar, assim que por sua vez a lenda urbana é verdadeira.
2. A Terra é abaulada
Muito bem, a Terra é lisa, mas é suficientemente redonda? Como todos sabem, nosso planeta não é uma esfera perfeita, e isso se deve a seu próprio movimento giratório. A força centrífuga provoca que o planeta se curve ligeiramente em forma de esferóide oblato, de maneira que se medirmos o diâmetro entre os polos e o compararmos com o diâmetro do Equador, obtém-se uma diferença de 42,6 quilômetros. E isso é muito mais do que admitiríamos para uma bola de bilhar.
3. A Terra não é tão abaulada
No entanto, dizer que a Terra é um esferóide oblato pode ser um exagero. Para definir sua forma devemos levar em conta as forças gravitacionais do Sol e da Lua.Nosso satélite, por exemplo, é capaz de elevar até um metro o nível do mar e “é possível” que uns 30 centímetros de terra firme. Esta força é muito menos potente que a da rotação da Terra, mas segue existindo.Outras forças que atuam sobre nosso planeta são a pressão causada pelo peso dos continentes ou a elevação que provocam as placas tectônicas, mas em resumo, ainda que não seja uma esfera perfeita, se a segurássemos numa mão como se fosse uma bola de bilhar, dificilmente perceberíamos a diferença.
4. A Terra também não é exatamente um geóide
Se concluímos que a Terra é um objeto com forma “quase esférica ainda que com um ligeiro achatamento em seus pólos”, então deveríamos afirmar sem medo que se trata de um geóide. Mas também não é. Ao menos exatamente.Se nosso planeta estivesse completamente coberto por água, o que não demorará muito a acontecer do jeito que vamos, então a superfície seria um geóide. Mas como os continentes não são tão dúcteis, a forma da Terra só se aproxima ao de um geóide.Para solucionar este assunto, entre outros, foi enviado ao espaço um satélite chamado GOCE que explorará as forças gravitacionais e a forma do planeta.
5. Que aconteceria se saltássemos num buraco que atravessasse o planeta pelo núcleo?
Morreríamos, evidentemente. Mas vamos supor que fossemos feitos de algum material mágico que nos permitisse sobreviver à queda de 13.000 km, demoraríamos 20 minutos em chegar ao interior da Terra e outros 20 minutos em chegar ao exterior pelo outro extremo.O problema é que antes de chegarmos à superfície voltaríamos a cair, e esta viagem de ida e volta se repetiria uma e outra vez durante toda a eternidade.
6. Por que o interior da Terra é quente?
A primeira fonte de calor remonta-se à formação de nosso planeta: o choque dos primeiros planetas teria provocado uma quantidade de energia suficiente para transformar nossa incipiente Terra numa bola de fogo. A contração provocada pela gravidade teria gerado um segundo aumento da temperatura, ao que há que somar o deslocamento dos metais mais pesados para o núcleo e a presença de elementos radioativos, como o urânio.Sem esquecer, ademais, que a crosta terrestre é um excelente isolante, capaz de conservar o calor durante os últimos 4 bilhões de anos.